O acompanhamento médico ajuda a identificar as restrições do idoso antes da escolha do exercício ideal. Vale buscar também outros profissionais, antes de começar as atividades
Em qualquer idade, o corpo humano tem muito a ganhar com a prática regular de exercícios físicos. A escolha do esporte ou treinamento mais adequado aos objetivos e condicionamento também é recomendada em qualquer fase da vida. E para quem já experimenta as adaptações do corpo ao envelhecimento, iniciar uma nova atividade requer ainda mais atenção. Se não levados em conta, medicações, doenças e fragilidades podem inibir as respostas esperadas e até gerar riscos à saúde. Quanto mais intensa a atividade, mais benefícios ela poderá trazer. No entanto, são maiores também os riscos, alerta a educadora física Kristiane. Por isso, é preciso saber o limite entre ganhos e perdas decorrentes do treino. Os riscos são reais. Segundo aponta, ir além das condições físicas com exercícios de alto impacto pode resultar em lesões, quedas e até morte súbita. É para evitar estes episódios que se recomenda estar em dia com as consultas de rotina e procurar ajuda profissional. De acordo com Kristiane, conhecer as particularidades do aluno ou paciente é possível com uma entrevista detalhada, buscando o histórico de doenças associadas, metabólicas, ósseo-musculares e cardiovasculares. Além do diagnóstico com aval do médico, a avaliação do educador físico confere os estados de força, equilíbrio e flexibilidade do idoso. “Devemos considerar as limitações e a experiência com cada modalidade a ser indicada. Quem nunca aprendeu a nadar pode se apavorar em uma piscina, mesmo que seja rasa”, pondera.
Plano individualizado: A prescrição de uma atividade deve estar dentro de um plano individualizado, defende João , coordenador do serviço de Geriatria. As condições de saúde precisam ser analisadas. Um paciente com artrose no joelho certamente não terá longas caminhadas como indicação. “Dificilmente alguém terá contraindicação absoluta para atividade física. Há como encontrar exercícios adaptados até para casos de doença cardíaca”, garante. Ainda segundo João, o bom senso do médico será importante ao considerar modalidades dentro do nível cultural e socioeconômico do paciente. Um profissional de acompanhamento importante no envelhecimento é o fisioterapeuta, que ajuda a identificar alterações de postura, prevenir ou tratar disfunções geradas pelas atividades. Outras orientações são quanto à escolha do calçado e dos exercícios adequados às preferências e condições individuais. Antes de chegar ao educador físico e iniciar os treinamentos, é sugerido que o idoso busque também o acompanhamento do cardiologista, do médico do esporte e de um nutricionista.
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Fonte: http://www20.opovo.com.br/app/opovo/cienciaesaude/2015/07/18/noticiasjornalcienciaesaude,3471291/conheca-seus-limites.shtml